segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FILOSOFIA DO AMOR...


Olhe para um lugar onde tenha muita gente... Uma praia num domingo de 40°, uma estação de metrô, a rua principal do centro da cidade...

Alguns trazem dores recentes, outros trazem uma dor de estimação, mas o certo é que grande parte destes rostos anônimos tem um amor mal resolvido, uma paixão que não se evaporou completamente, mesmo que já estejam em outra relação.

Por que isso acontece?

Eu tenho uma teoria, ainda que eu seja tudo menos teórico no assunto. Acho que as pessoas não gastam o seu amor... Isso mesmo!

Os amores que ficam nos assombrando não foram amores consumidos até o fim... Você sabe o amor acaba?!

É mentira dizer que não. Uns acabam cedo, outros levam 10 ou 20 anos para terminar – talvez até mais. Mas um dia acaba e se transforma em outra coisa: amizade, parceria, parentesco e essa transição não é dolorida, se o amor foi evaporado até a rapa.

Dor-de-cotovelo é quando o amor é interrompido antes que se esgote. O amor tem que ser vivenciado.

Platonismo funciona em novela, mas na vida real demanda muita energia, sem falar do tempo que ninguém tem para esperar. E tem que ser vivido em toda a sua totalidade.

É preciso passar por etapas: atração, paixão, amor, convivência, amizade, tédio e fim.

Como já foi dito, este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas semanas ou durar muitos anos, mas é importante que transcorra de ponta a ponta se não sobra lugar para fantasias, idealizações, enfim, tudo aquilo que nos empaca a vida e nos impede de estar abertos para novos amores.

Se o amor foi interrompido sem estar ao fundo do pote, ficamos imaginando as múltiplas possibilidades de continuidade, tudo o que a gente poderia ter dito e não disse, feito e não fez...

Gaste o seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e maus, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade.

Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. Isso é o que libera a gente para sermos felizes novamente.